As Olimpíadas de Paris começam nesta sexta-feira (dia 26 de julho), e as roupas que representam cada país para a modalidade já foram divulgadas, entretanto, gerou diversos comentários dos internautas, vamos entender o porquê…
Muitos países representaram de forma surpreendente a sua cultura, enriquecendo-a nas roupas confeccionadas. Abaixo, deixamos alguns deles:
MONGÓLIA – Por Michel e Amazonka
A marca Michel & Amazonka, conhecida pelo seu compromisso com o design sofisticado, foi a responsável pelos uniformes da delegação da Mongólia para as Olimpíadas de Paris 2024, assim como fez nas edições anteriores. Para esta ocasião, os trajes cerimoniais foram elaborados com um cuidado especial em cada detalhe, refletindo a riqueza cultural da Mongólia. Os uniformes apresentam bordados elaborados com fios dourados que integram elementos como os Nove Banners Brancos, a tocha olímpica, e o emblema dos Jogos de Paris. Além disso, são adornados com representações do sol, da lua e do Gua-Maral, um cervo mítico. O design não apenas destaca a elegância das roupas, mas também celebra de forma vibrante a herança cultural mongol, garantindo que a delegação se destaque com orgulho e tradição
HAITI – Por Stella Jean
A delegação do Haiti se uniu à designer haitiana-italiana Stella Jean, incorporando a pintura “Passage” de Philippe Dodard em seus uniformes. As mulheres usam uma saia com a arte de Dodard, combinada com uma camisa de cambraia e um blazer sem mangas de tecido reciclado, decorado com o emblema olímpico haitiano. Os homens têm calças com a mesma obra, acompanhadas de uma jaqueta inspirada na guayabera, uma camisa listrada e um cachecol estampado. Esses uniformes simbolizam paz e renovação, particularmente relevantes considerando os desafios recentes enfrentados pelo Haiti.
ESTADOS UNIDOS – Por Ralph Lauren
A Ralph Lauren foi responsável pelo design dos uniformes dos Estados Unidos, mantendo sua tradição de criar trajes marcantes para os atletas americanos. Os uniformes foram projetados para diversos benefícios, como a cerimônia de abertura e os pódios, e destacam-se pelo uso de materiais sustentáveis e tecnologia avançada, incluindo o “RL Cooling” para regular a temperatura dos atletas. Segundo a NBC, os trajes combinam tradição e inovação, oferecendo um equilíbrio entre funcionalidade e conforto.
HOLANDA – Por Denham
Para as Olimpíadas de Paris, a delegação da Holanda está inovando com a ajuda de Denham, especialista em denim. A marca está criando uniformes cerimoniais para aproximadamente 500 atletas olímpicos e 250 paralímpicos, usando o exclusivo Kinetic Denim. Este tecido combina tecnologia de resfriamento e fios de aerogel, garantindo conforto e respirabilidade.
CANADÁ – Por Lulemon
O Canadá se uniu novamente à Lululemon para criar uniformes que combinassem inovação e estilo. Após a colaboração bem-sucedida nos Jogos de Inverno de Pequim 2022, as novas roupas são peças versáteis para atender às diversas necessidades dos atletas. O traje da abertura é feito de tecido jacquard vermelho, simbolizando o país de costa a costa. Para a cerimônia de encerramento, a estampa inspirada na aurora boreal, criada em parceria com o artista Mason Mashon, reflete um tema de “alegria e iluminação”.
FRANÇA – Por Le Coq Sportif Fit
Alguns dos uniformes da delegação francesa para as Olimpíadas de Paris foram criados por Stéphane Ashpool, fundador da marca Pigalle, em colaboração com a Le Coq Sportif. Com um design marcante e um toque fashionista, os uniformes apresentam uma interpretação das cores icônicas da bandeira francesa: vermelho, branco e azul. A produção foi realizada integralmente na França, reafirmando o compromisso com a sustentabilidade e a produção nacional.
BRASIL – Por Riachuelo
Cathyelle Schroeder, diretora de Marketing e Comunicação da Riachuelo, explicou na apresentação do uniforme, que a inspiração foi a alegria do brasileiro. “Nossas cores, a alegria do povo e nossa descontração foi o que primeiro moveu o time de estilistas da Riachuelo a criar peças que trouxessem esses aspectos, e não fosse apenas um uniforme esportivo ou um traje excessivamente sério”, disse.
Os bordados, segundo a empresa, “ilustram a força da biodiversidade brasileira” e usam tecidos feitos com resíduos da indústria têxtil, tornando as peças mais sustentáveis.
COMO OS INTERNAUTAS REAGIRAM
A escolha feita pela delegação brasileira, intrigou os brasileiros. Pois gerou uma série de críticas e preocupações sobre a representação cultural e a sustentabilidade.
Esteticamente, os uniformes apresentados pela Riachuelo são considerados por muitos como simples e sem inovação, especialmente quando comparados aos trajes elaborados de outras nações. Enquanto países como a França e o Canadá optaram por colaborações com estilistas renomados e marcas de luxo para criar peças que combinam tradição e modernidade, o Brasil, ao escolher uma rede de fast fashion, aparentemente não conseguiu transmitir a mesma profundidade cultural e a sofisticação esperada para esse evento de tal magnitude.
O maior ponto de controvérsia, no entanto, é a ironia à sustentabilidade dos uniformes. A Riachuelo, uma das maiores redes de fast fashion do Brasil, é conhecida por sua produção em larga escala.
Além disso, a decisão de confiar é papel a uma marca de fast fashion, em vez de explorar o talento de estilistas brasileiros inovadores e alinhados com valores sustentáveis, é vista como uma oportunidade perdida. O Brasil possui uma rica cena de moda, com designers e estilistas que poderiam ter oferecido uma visão mais autêntica e culturalmente rica, além de adotar práticas mais sustentáveis e responsáveis.
Abaixo, separamos grandes designers brasileiros que teriam representado o Brasil de forma inigualável.
RONALDO FRAGA
Ronaldo Fraga é um dos nomes mais icônicos e inovadores da moda brasileira. Conhecido por sua abordagem única e poética, Fraga transcende a simples criação de roupas, transformando cada coleção em uma verdadeira obra de arte. Com um olhar sensível e um profundo respeito pela cultura e história brasileiras, ele incorpora elementos regionais e tradições populares em suas peças, criando um diálogo vibrante entre o passado e o presente. Ronaldo Fraga é um verdadeiro contador de histórias, utilizando tecidos, cores e formas para expressar sua visão do mundo. Suas coleções frequentemente abordam temas como a diversidade cultural brasileira, a sustentabilidade e os direitos humanos, sempre com uma estética marcante e inovadora. Ele é um mestre em transformar o cotidiano em arte, buscando inspiração nas pessoas comuns, nas paisagens do interior do Brasil e nas riquezas culturais que muitas vezes passam despercebidas.
JOÃO PIMENTA
Com uma carreira marcada pela ousadia e inovação, João Pimenta se destaca por sua capacidade de reimaginar e redefinir a moda masculina, desafiando convenções e expandindo os limites do design. O trabalho de Pimenta é uma celebração da identidade e da diversidade. Ele busca inspiração em elementos da cultura brasileira, reinterpretando tradições e trazendo à tona novas narrativas através de suas peças. Suas coleções são conhecidas por incorporar tecidos nobres, bordados sofisticados e uma paleta de cores que vai do sóbrio ao vibrante, sempre com um olhar atento à sustentabilidade e à responsabilidade social. Além de seu talento como estilista, João Pimenta é um defensor fervoroso da moda ética. Ele valoriza o trabalho artesanal e a produção local, integrando práticas sustentáveis em seu processo criativo. Seu compromisso com a ética na moda é uma extensão de sua visão artística, refletindo um profundo respeito pela natureza e pela humanidade.
ALEXANDRE HERCHCOVITCH
Alexandre Herchcovitch é um dos estilistas mais icônicos e influentes da moda brasileira, reconhecido mundialmente por sua capacidade de inovar e redefinir tendências. Com uma carreira que abrange várias décadas, Herchcovitch se destaca como um grande artista que contém uma visão audaciosa e criativa.A assinatura de Herchcovitch é marcada por uma exploração constante de formas, texturas e materiais. Ele é um mestre em misturar o clássico com o contemporâneo, criando peças que são tanto sofisticadas quanto vanguardistas. Suas coleções frequentemente incorporam referências culturais diversas, desde a cultura pop até tradições brasileiras, resultando em um estilo que é ao mesmo tempo global e profundamente enraizado em sua identidade cultural. Foi também um dos primeiros a trazer questões de gênero para a moda brasileira, criando peças que desafiam as convenções e promovem a liberdade de expressão individual.
RITA COMPARATO
O trabalho de Rita é caracterizado por uma profunda paixão pela inovação. Ela é conhecida por suas colaborações com artistas e artesãos, incorporando técnicas artesanais tradicionais em suas criações e promovendo a valorização da cultura brasileira. Suas peças frequentemente apresentam bordados, tingimentos manuais e estampas criadas a partir de parcerias artísticas, refletindo um compromisso com a autenticidade e a sustentabilidade. Além de sua habilidade técnica e visão criativa, Rita Comparato é uma defensora apaixonada da moda sustentável. Ela busca integrar práticas éticas e ecológicas em sua produção, utilizando materiais sustentáveis e promovendo a responsabilidade social.
Abaixo nos comentários, nos digam qual dos uniformes mais os impressionou, e também qual designer na opinião de vocês, poderia ter representado o Brasil.
Por coisas como essa o Brasil acaba se tornando uma piada. Temos tanto potencial, uma diversidade tão grande e na melhor oportunidade de se mostrar deixam passar. Esse tipo de acontecimento afeta não somente nossa imagem como também economia da nação! Decepcionante, mas nada além do esperado, não é uma surpresa. Acho que a Rita Comparato nos representaria perfeitamente, além de MULHER, que estão cada vez mais atuantes em nossa nação, tem muito bom gosto para as cores que representam o nosso país, os brasileiros e nossa forma de viver, sempre com alegria!